Ángel Rama

(Montevidéu, 1926 – Madri, 1983). Ángel Rama nasceu em Montevidéu em 1926. Em 1942, publicou seu primeiro texto na Apex, uma revista para jovens sobre artes. Por volta de 1945, ele começou a trabalhar como tradutor para a Agência France-Presse e como editor na seção cultural do jornal El País. Dois anos depois, ele começou seus estudos na Faculdade de Ciências e Humanidades.

 

Em 1959, tornou-se diretor das páginas literárias do semanário Marcha, através do qual investigou e interveio na cena literária uruguaia e latino-americana. Em 1962, ele fundou a editora Arca. Em 1966, tornou-se professor de Literatura Hispano-Americana na Universidad de la República. Lecionou em Santiago, Valparaíso, Rosário, Buenos Aires, Bogotá, Caracas, México e San Juan de Porto Rico, para onde se mudou em 1970.

 

Em 1972, chegou a Caracas, onde trabalhou como professor universitário na Universidad Central de Venezuela. Em 1973, o golpe de Estado no Uruguai dificultou seu retorno e transformou sua estadia no exterior em um longo exílio. No ano seguinte, ele participou da fundação da Biblioteca Ayacucho, o grande projeto editorial latino-americano que Rama imagina, projeta e dirige junto com José Ramón Medina. Em Caracas, ele escreve para jornais de grande circulação e funda a revista acadêmica Escritura.

 

Por volta de 1979, começou a lecionar nos Estados Unidos, onde finalmente se estabeleceu e realizou vários projetos de pesquisa. Em 1982, o Serviço de Imigração recusou-se a renovar seu visto. Rama apelou sem sucesso e foi forçado a deixar o país no ano seguinte. De lá, se mudou para Paris, onde continua sua pesquisa sobre a cultura latino-americana, mantendo-se em contato com seus pares da diáspora.

Em novembro de 1983, faleceu em um acidente de avião em Madri.